O teste de Iowa Gambling Test (IGT), ou Teste de Jogo de Iowa, é uma ferramenta clínica amplamente utilizada para avaliar a tomada de decisão em situações de incerteza. O teste foi desenvolvido na década de 1990 por Antoine Bechara e seu colega de pesquisa, Hanna Damasio, na Universidade de Iowa.
O objetivo do teste é analisar como os indivíduos aprendem com a experiência de jogar um jogo de cartas que envolve escolher entre quatro baralhos. Cada baralho possui cartas com diferentes valores de recompensa e de penalidades para o jogador. Os participantes têm que aprender, com base nas recompensas e penalidades, quais baralhos proporcionam mais lucro a longo prazo.
O teste mede a capacidade de tomada de decisão dos indivíduos e sua propensão ao risco. Ele fornece informações sobre a emoção e os processos cognitivos envolvidos na tomada de decisão, o que o torna uma ferramenta valiosa no estudo do jogo patológico e do vício em jogos de azar.
Pesquisas mostram que pessoas com problemas relacionados ao jogo patológico têm dificuldades em aprender com a experiência e tendem a continuar a escolher baralhos perdedores. Essa tendência pode ser observada em alterações no padrão de resposta do grupo, que torna-se mais propenso ao risco e menos disposto a mudar de estratégia mesmo após sofrer penalidades.
O IGT tem sido uma ferramenta extremamente útil no diagnóstico e tratamento de problemas relacionados ao jogo patológico. Ele fornece informações valiosas para psicólogos clínicos na identificação de comportamentos viciantes em jogadores, permitindo que criem estratégias de tratamento personalizadas que aborden o vício em jogos de azar de forma mais eficaz.
Em conclusão, o Teste de Jogo de Iowa é uma ferramenta valiosa para o estudo da tomada de decisão em situações de incerteza, e tem seu uso clínico amplamente explorado na identificação e tratamento de problemas relacionados ao jogo patológico. Com sua aplicação na psicologia clínica, o teste permite avaliar de forma objetiva e precisa a propensão ao risco e as emoções envolvidas nos processos de tomada de decisão.
