Há pouco mais de quatro anos, o mundo do futebol foi abalado por uma tragédia sem precedentes: um avião fretado que transportava a equipe de futebol brasileira Chapecoense e membros da imprensa caiu nas montanhas da Colômbia, matando 71 das 77 pessoas a bordo. O acidente chocou a comunidade global do futebol e deixou muitas perguntas sem resposta.

O voo 2933 da companhia aérea boliviana LaMia partiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín, na Colômbia, com uma parada em Cobija, também na Bolívia. A equipe de Chapecó iria disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional de Medellín. No entanto, o destino tinha outros planos.

No início da manhã de 29 de novembro de 2016, o avião perdeu contato com a torre de controle e caiu em uma região montanhosa a cerca de 30 quilômetros do aeroporto de Medellín. As autoridades colombianas imediatamente iniciaram uma operação de resgate, mas o terreno irregular e o mau tempo tornaram as buscas difíceis. O número de mortos foi atualizado várias vezes nas horas seguintes, com a confirmação de que muitos dos jogadores, membros da comissão técnica e jornalistas a bordo foram mortos.

As notícias do acidente foram um choque para o mundo do futebol, que reagiu com tristeza e solidariedade. O Atlético Nacional pediu que a Chapecoense fosse declarada campeã do torneio, em uma demonstração de grandeza e apoio. Outros clubes, jogadores e torcedores expressaram suas condolências nas redes sociais e em homenagens públicas.

No entanto, à medida que mais detalhes sobre o acidente surgiram, as perguntas se acumularam. Por que o avião estava com pouco combustível? Por que a tripulação não declarou uma emergência? Quem é a LaMia e por que foi autorizada a realizar voos internacionais com uma frota tão pequena e antiga?

Uma investigação foi iniciada para responder a essas e outras perguntas. As autoridades colombianas, em colaboração com órgãos internacionais de aviação, estabeleceram que o avião estava com pouco combustível e que a tripulação falhou em declarar uma emergência. Além disso, a LaMia foi acusada de negligência e de operar sem as condições exigidas pelas autoridades bolivianas.

A LaMia enfrentou críticas generalizadas e processos legais em vários países. A companhia aérea boliviana entrou em falência e muitas das famílias das vítimas ainda aguardam alguma forma de compensação.

O acidente da Chapecoense foi uma terrível tragédia que ainda é sentida pela comunidade global do futebol. No entanto, também foi uma oportunidade para examinar as práticas de aviação e segurança em todo o mundo. As autoridades colombianas e internacionais trabalharam juntas para implementar novas medidas de segurança e requisitos para as empresas aéreas.

Ao recordarmos a tragédia do acidente da Chapecoense na Colômbia, é importante lembrar que ainda há muitas perguntas sem resposta e muitas famílias ainda estão lutando para entender como e por que seus entes queridos foram perdidos tão repentinamente e tragicamente. No entanto, é também um lembrete da importância da segurança na aviação e da necessidade de responsabilidade em todas as práticas que envolvem o transporte aéreo.